sábado, novembro 05, 2005

Entrevista aqui do blog á banda Traumatics:


Pois é,aqui há tempos estive á conversa com o baixista dos Traumatics,vulgo, Nuno Traumas e surgiu esta entrevista realizada na desportiva,a qual acho que está engraçada e realista e coloco-a aqui ao vosso dispôr.






1-Oi! ,podias dar uma ideia de quem são os Traumatics,como começaram,as idades e ocupações dos membros para além do crime,e o porquê de terem iniciado a banda?

- Oi! Cobra,a Lili Marlene tá boazita? (risos.) É assim, The Traumatics começaram as suas actividades no início de 2003. Fui pôr um anúncio na loja de som que o Hugo e a Katy tinham no Centro Comercial City para uma banda na onda do 77,embora numa vertente mais Horror Punk. Tivemos logo grande empatia e as cenas rolaram a partir daí, com ensaios a bombar, sendo a nossa estreia ao vivo em Dezembro desse ano. Os concertos não mais pararam, e em Janeiro deste ano sentimos necessidade de ter uma boa vocalização, dando-se a entrada da minha namorada Teka pás vozes. A nossa dinâmica em palco melhorou bastante e hoje em dia já nos sentimos perfeitamente à vontade os quatro. Os elementos da banda são: Hugo Ramone – Guitarra e Voz, 28 anos, actualmente desempregado; Katy Spikes – Bateria, 23 anos, trabalha em part-time num tasco; Nuno Traumas – Baixo e Backin Vocals, 28 anos, desempregado idem e Teka Thirteen – Voz, 30 anos, fundo de desemprego e bodypiercer.

2-Qual o Material editado até hoje?Como se pode conseguir esse mesmo material?

Editámos uma demo em finais de 2003 intitulada somente The Traumatics, mas hoje em dia está out of stock. Algumas músicas desta demo, como They Live! e Back To Stay já nem tocamos ao vivo sequer, pode ser que com a continuação se tornem raras, eheheheh. O nosso cd de estreia saiu em Outubro do ano passado intitulado Classic Horror Lives!!!, estando nas principais distros punk do País ou então contactando a banda através do site on-line.


3-Onde se situa o universo lirico e musical dos Traumatics,para quem não vos conhece?

O universo lírico da banda foca desde o Horror Série B dos anos 50, ao cinema xunga gore, passando pelos Slashers dos anos 80, adicionando uns “condimentos” de Glam, Poseurismo, alguma Bondage e fetiches vários. Fui o compositor lírico da banda até à entrada de Teka Thirteen, que para além de minha companheira, revelou um índice de imaginação semelhante ao meu e é uma excelente letrista também. O universo musical funde-se entre a onda americana de Misfits, Ramones ou Cramps com o 77 inglês de bandas como The Damned, 999 ou The Boys, bandas de enorme influência musical no nosso guitarrista Hugo.



4-Têm sentido algumas dificuldades em gravar material,dar concertos em solo nacional?

Cobra, tu vives cá, tens uma banda, sabes tanto como eu o fudido que é bandas punk rock old school conseguirem algo neste País. Ou és Fonzie e tocas pás meninas na praia ou és do Crust e apanhas com vários públicos que vai do punk ao metal, logo mais gente. Quem conheces que queira ver uma banda na onda dos Damned, por exemplo? A maioria dos putos nem conhece e nem se dão ao trabalho sequer de conhecer. Ficam-se pelo HC melódico (uns) ou pelo ruidoso parte-tudo do Crust (outros) tornando hoje em dia o 77 num “limbo” musical.



5-O que acham da cena punk portuguesa de hoje em dia?

(Risos.) Acho que prefiro nem responder a esta pergunta para não falar mal nem de pessoal, nem de outras bandas, apenas digo… tá uma MERDA!!

6-Quais as bandas com que têm mais amizade e que mais vos agradam a nível nacional?

- Essa pergunta é “pau de dois bicos”, pois há bandas que o som não me agrada muito, mas mantenho amizade com os membros dessas bandas e bandas que o som curta e não me dê muito com os elementos. Admiro muito o punk rock português dos anos 80 como Crise Total, Kú de Judas, Peste & Sida (os de ANTIGAMENTE!) ou Censurados, bem como a vaga rock n’roll de Coimbra como os extintos Tédio Boys ou 77. Actualmente, das que ainda rockam posso citar algumas bandas com quem já partilhámos os palcos como Tara Perdida (curto bués do Ribas como pessoa); Rolls Rockers; Mata-Ratos (o tal fenómeno da longevidade); We Were Wolves ou Anti-Clockwise e…aaah! Sem esquecer de duas bandas que nos deram nome lá fora e que infelizmente encerraram as suas actividades este ano: Les Baton Rouge e The Parkinsons.



7-Se pudessem eleger um álbum de punk-rock como o disco perfeito,quais seriam as vossas escolhas?

- Eh pá, vou citar 5 álbuns que em puto me fez virar pá cena punk: o Nevermind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols!!, sempre e altamente recomendado; o primeiro dos The Clash, um clássico, que contém fortes hinos da cena do 77 como “White Riot” ou “Complete Control”; The Ramones – Rocket to Rússia, o primeiro álbum que ouvi deles e a partir daí não descansei enquanto não tivesse a discografia toda; The Misfits – Walk Among Us, grande álbum duma grande banda, a minha “musa” para tudo aquilo que fiz para Traumatics e para finalizar o primeiro álbum dos Censurados, ainda hoje fico aos pulos quando o passo no leitor, definitivamente um álbum para a história do Punk Rock português.



8-Qual a banda Nacional ou Internacional que mais vos marcou até hoje?

The Misfits. Porque associa as “dark lyrics” dos horror movies dos quais sou fanático aos acordes básicos e “catchy” do punk rock. A forte influência que eles têem do Rock n’Roll dos anos 50 também me agrada muitíssimo porque simplesmente I LOVE ROCK N’ROLL!!!



9-Quais os projectos que vocês têm para o futuro com a banda?

Dar o máximo de gigs por aí e de preferência, fora de Portugal, porque aqui um gajo não passa da cepa torta, toca de vez em quando e quanto a cachets é sempre a mesma merda, nunca há guito para pagar ás bandas, porque não existem apoios, ou porque algum organizador mete dinheiro aos bolsos e as bandas é que ficam a arder, etc. e tal. (Pausa para um cigarro.) Vamos entrar em gravações do nosso segundo álbum no final de Verão, sem ainda data prevista de quando o vamos lançar. Fiquem atentos ás novidades no nosso site.



10-Vocês voltaram recentemente duma mini tournée por Espanha,querem nos contar como foi a aceitação do público espanhol?

Não tem nada a ver com isto. Em Espanha existe união entre as “tribos urbanas” de modo a promoverem gigs e espectáculos vários. Fomos muito bem recebidos em Espanha, por fãs espanhóis (nem sabíamos que tínhamos tantos), tendo alguns se deslocado de Salamanca de propósito a Zamora para nos verem. No público tínhamos todo o tipo de Skins, punks 77, anarchos, pessoal do crust, alguns freaks, góticas, de tudo um pouco. O concerto correu bem e a noite melhor ainda, espero voltar lá com a banda o mais rápido possível. Só tenho pena de não falar, nem perceber um caralho de Espanhol (Risos.)

11-Querem deixar uma última palavra aos nossos leitores?

Pessoal, apareçam nos gigs de Traumatics, espero que curtam da banda e se por acaso alguns de vocês não curtirem à partida, merecemos a chance de nos verem ao vivo para ver se mudam de opinião,né? Eheheheheh. Visitem o nosso site em : http://run.to/traumatics.
Oiçam Punk Rock 77 para verem como tudo começou.
Up the Punx!! Sex, Drugs and ROCK N’ROLL!!!



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Rock das Cadeias
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