ENTREVISTA AOS LAMBRUSCO KIDS
Antes de mais obrigado por esta entrevista concedida ao nosso blog do rock criminal.
1- Podiam então contar-nos um pouco da vossa história e a motivação da fundação da banda?
Marcio: O Lambrusco Kids surgiu em 99, quando o guitarrista Marcelo Villa resolveu me
convidar para montar uma banda. Embora estivesse ao lado do baterista Paulo Vinicius num grupo chamado Engradados, ele parecia não estar muito feliz com o tipo de som que andava fazendo. Eu topei logo de cara. Com este trio formado por Marcelo (guitarra) Paulo (bateria) e eu no baixo/vocal, começamos a ensaiar. Começamos tocando covers de bandas que a gente gosta: The Clash, Ramones, Cock Sparrer, Buzzcocks, Adicts, The Boys, Sham 69, Toy Dolls e todas as bandas clássicas do punk rock. Logo, decidimos batizar a banda de Lambrusco Kids, em homenagem a uma música dos Toy Dolls. A partir de então, começamos a compor nossas canções (todas em português), colocamos um baixista na banda (Luiz) e não paramos mais! Hoje nossa formação tem o Rodrigo Caggegi no baixo, que entrou em 2004, depois da saída do Luiz.
2- Alguns de vocês já tinham algum background como músicos em outros grupos ?
Marcio: Sim, o Paulo e o Marcelo tocavam na banda Engradados. Eu fui vocalista entre 1987 e 1990 de uma banda punk chamada Os Indigentes (na qual também tocava o Marcelo).
3 - Quais sao as influencias musicais da banda desde o começo aos dias de hoje?
Marcio: A banda sempre foi influenciada pelo punk rock 77, street punk, rockabilly, ska e rock and roll.
4- Quais as bandas preferidas de cada um dos integrantes dos lambrusco?
Marcio: Todos os integrantes da banda curtem muito punk rock e rock & roll. As bandas que mais influenciam o LK são: The Clash, Buzzcocks, PTTB, Lurkers, Cock Sparrer, Vibrators, Iggy Pop & Stooges, NY Dolls, Stiff Little Fingers, Sham 69, The Boys, Adicts, Johnny Thunders, Toy Dolls, Attaque 77, Ramones, Cramps, Trashmen, Rezillos, Sex Pistols e todas as bandas punk rock clássicas.
5- Foi dificíl conseguirem editora? Qual o material que os Lambrusco Kids editaram até hoje?
Marcio: É sempre difícil conseguir gravar um disco no Brasil, principalmente quando se está no mercado independente. Mas a Ataque Frontal sempre apostou no nosso trabalho e é mais do que uma editora para a banda. A Ataque Frontal é a grande parceira do Lambrusco Kids! Editamos até hoje 2 discos de estúdio, o In Vino Veritas (2002) e o Jogos & Trapaças (2005), além de várias participações em coletâneas brasileiras e internacionais.
6- Que tipo de publico é o dos Lambrusco Kids? A cena Brasileira, se é que existe, é variada ou demasiado orientada para um so tipo de pensamento?
Marcio: Nosso público é bem variado. Acredito que as pessoas que curtem o nosso som conseguem identificar facilmente quais são as nossas influências e acabam gostando, principalmente ao saber que no Brasil existe uma banda que faz um som punk rock 77, cantando em português, sem nenhuma influência ou contaminação por estilos como hardcore melódico e emo. Somos fiéis às nossas influências clássicas, mas também ousamos inovar e aprimorar aquilo que mais gostamos! Sobre a cena brasileira, hoje em dia a cena rock independente no Brasil, principalmente em São Paulo, onde estamos baseados, está bem interessante. Todo mês pelo menos uma nova casa de shows de rock está sendo aberta em São Paulo. Só na Rua Augusta agora existem três casas de shows de rock underground. E todas as casas vivem com suas programações lotadas, grande presença de publico e muita agitação. Enfim, o rock independente está em alta desde meados de 2003 até hoje em dia.
A tendência agora é atingirmos um grau de profissionalismo e organização maior, porque ainda existem muita inexperiência e incompetência por parte de alguns donos de casas de shows, bandas, selos e lojas de discos independentes. Também falta espaço nas rádios e na tv aberta. Apenas a internet está dando espaço hoje à cena independente. Quanto às bandas, existem várias bandas legais na cena e tudo está bem mais produtivo hoje do que há 10 anos por exemplo. Logo o independente engole o mainstream!
7- Quais as bandas com quem mais prazer tiveram em partilhar um palco?
E quais as bandas brasileiras do punk rock que mais valem a pena seguir com atenção?
Marcio: Posso afirmar com certeza que as bandas que mais gostamos de dividir o palco foram em primeiro lugar o Olga do Toy Dolls, depois as bandas Peter & The Test Tube Babies, GBH e The Lurkers. Sobre as bandas brasileiras, infelizmente temos poucos destaques ultimamente, mas mesmo assim existem alguns nomes novos que merecem destaque, como as bandas Ketamina e Bombers, que vêm crescendo muito na cena.
8 - E concertos com historias engraçadas? Já houve confusão e porrada ou foi sempre tudo ordeiro?
Marcio: Nossos shows são sempre muito ordeiros, claro que existe sempre incidentes localizados, mas no final tudo é uma grande festa e a galera que curte o nosso som se relaciona numa boa entre eles.
9- Qual o melhor concerto que vocês presenciaram até hoje? E qual a banda de todos os tempos que mais gostavam de ver ao vivo se tivessem oportunidade?
Marcio: Para mim o melhor show e o mais esperado que eu vi foi do Cock Sparrer em 2003,
no festival Holidays in The Sun, na Inglaterra. Também gostei muito dos shows das bandas
Peter & The Test Tube Babies, Undertones, Sham 69, Chelsea, Buzzcocks, Slaughter & The Dogs, The Boys, Adicts, entre outros. Gostaria muito de poder ter visto o The Clash ao vivo, porque para mim eles são a maior banda de punk rock de todos os tempos!!!
10 - E uma idazinha a Portugal? Há aqui gente à espera de descobrir bandas Brasileiras ao vivo. Seria possível os portugueses um dia verem-vos ao vivo?
Marcio: Temos muitos planos de fazer shows pela Europa muito em breve, provavelmente entre 2007 e 2008. Com certeza Portugal está nos nosso planos. Recebemos muitos emails dos amigos portugueses e estamos muito esperançosos em poder tocar em seu país algum dia!
11- Bandas e realidade Portuguesa, falem do que conhecem SFF.
Marcio: Para falar a verdade, conheço muito pouco das bandas de Portugal. A que conheço bem e gosto são os Mata Ratos. Gostaria muito de conhecer mais sobre a cena portuguesa, com certeza!
12 - Que material usa a banda? Guitarras, bateria, amplificadores, etc?
Marcio: Usamos guitarra Gibson SG, baixo montado old school, bateria Pearl, amplificadores Marshall JCM 900 e GK para baixo. Nada muito complicado, mas tudo tem que estar em ótima condição de uso!
13-O que podemos esperar dos Lambrusko Kids no futuro próximo? Querem deixar uma mensagem final aos nossos leitores do blog?
Marcio: Muitos shows, muita energia sempre e muitos outros discos novos!!! Tivemos oportunidade nestes 7 anos de banda, de conhecer e gravar ao lado de bandas e músicos que têm uma carreira no rock mundial, que representaram e ainda representam muito para a história do rock. Isso sim pode ser considerado com uma conquista, que vale mais do que ter um videclipe passando toda hora na MTV ou uma vinheta na Rede Globo de televisão, simplesmente porque o agente ou a gravadora pagou uma grana preta pra isso. O rock não pode ser algo falso e pasteurizado, tem que ser feito com alma e com o coração. E as pessoas têm que gostar de uma banda pura e simplesmente por se sentirem atraídas pelo som e pela banda. E também temos consciência da mudança que podemos propiciar nas vidas de muitas pessoas, principalmente na vida dos jovens que curtem o nosso som. Portanto, estamos sempre preocupados em passar algo positivo e construtivo pra essas pessoas, já que temos essa ferramenta chamada música em nossas mãos!
Formação: Marcelo Villa (guitarra), Marcio Faveri (vocal), Paulo Vinicius (bateria) e Rodrigo Caggegi (
baixo).
3 - Quais sao as influencias musicais da banda desde o começo aos dias de hoje?
Marcio: A banda sempre foi influenciada pelo punk rock 77, street punk, rockabilly, ska e rock and roll.
4- Quais as bandas preferidas de cada um dos integrantes dos lambrusco?
Marcio: Todos os integrantes da banda curtem muito punk rock e rock & roll. As bandas que mais influenciam o LK são: The Clash, Buzzcocks, PTTB, Lurkers, Cock Sparrer, Vibrators, Iggy Pop & Stooges, NY Dolls, Stiff Little Fingers, Sham 69, The Boys, Adicts, Johnny Thunders, Toy Dolls, Attaque 77, Ramones, Cramps, Trashmen, Rezillos, Sex Pistols e todas as bandas punk rock clássicas.
5- Foi dificíl conseguirem editora? Qual o material que os Lambrusco Kids editaram até hoje?
Marcio: É sempre difícil conseguir gravar um disco no Brasil, principalmente quando se está no mercado independente. Mas a Ataque Frontal sempre apostou no nosso trabalho e é mais do que uma editora para a banda. A Ataque Frontal é a grande parceira do Lambrusco Kids! Editamos até hoje 2 discos de estúdio, o In Vino Veritas (2002) e o Jogos & Trapaças (2005), além de várias participações em coletâneas brasileiras e internacionais.
6- Que tipo de publico é o dos Lambrusco Kids? A cena Brasileira, se é que existe, é variada ou demasiado orientada para um so tipo de pensamento?
Marcio: Nosso público é bem variado. Acredito que as pessoas que curtem o nosso som conseguem identificar facilmente quais são as nossas influências e acabam gostando, principalmente ao saber que no Brasil existe uma banda que faz um som punk rock 77, cantando em português, sem nenhuma influência ou contaminação por estilos como hardcore melódico e emo. Somos fiéis às nossas influências clássicas, mas também ousamos inovar e aprimorar aquilo que mais gostamos! Sobre a cena brasileira, hoje em dia a cena rock independente no Brasil, principalmente em São Paulo, onde estamos baseados, está bem interessante. Todo mês pelo menos uma nova casa de shows de rock está sendo aberta em São Paulo. Só na Rua Augusta agora existem três casas de shows de rock underground. E todas as casas vivem com suas programações lotadas, grande presença de publico e muita agitação. Enfim, o rock independente está em alta desde meados de 2003 até hoje em dia.
A tendência agora é atingirmos um grau de profissionalismo e organização maior, porque ainda existem muita inexperiência e incompetência por parte de alguns donos de casas de shows, bandas, selos e lojas de discos independentes. Também falta espaço nas rádios e na tv aberta. Apenas a internet está dando espaço hoje à cena independente. Quanto às bandas, existem várias bandas legais na cena e tudo está bem mais produtivo hoje do que há 10 anos por exemplo. Logo o independente engole o mainstream!
7- Quais as bandas com quem mais prazer tiveram em partilhar um palco?
E quais as bandas brasileiras do punk rock que mais valem a pena seguir com atenção?
Marcio: Posso afirmar com certeza que as bandas que mais gostamos de dividir o palco foram em primeiro lugar o Olga do Toy Dolls, depois as bandas Peter & The Test Tube Babies, GBH e The Lurkers. Sobre as bandas brasileiras, infelizmente temos poucos destaques ultimamente, mas mesmo assim existem alguns nomes novos que merecem destaque, como as bandas Ketamina e Bombers, que vêm crescendo muito na cena.
8 - E concertos com historias engraçadas? Já houve confusão e porrada ou foi sempre tudo ordeiro?
Marcio: Nossos shows são sempre muito ordeiros, claro que existe sempre incidentes localizados, mas no final tudo é uma grande festa e a galera que curte o nosso som se relaciona numa boa entre eles.
9- Qual o melhor concerto que vocês presenciaram até hoje? E qual a banda de todos os tempos que mais gostavam de ver ao vivo se tivessem oportunidade?
Marcio: Para mim o melhor show e o mais esperado que eu vi foi do Cock Sparrer em 2003,
no festival Holidays in The Sun, na Inglaterra. Também gostei muito dos shows das bandas
Peter & The Test Tube Babies, Undertones, Sham 69, Chelsea, Buzzcocks, Slaughter & The Dogs, The Boys, Adicts, entre outros. Gostaria muito de poder ter visto o The Clash ao vivo, porque para mim eles são a maior banda de punk rock de todos os tempos!!!
10 - E uma idazinha a Portugal? Há aqui gente à espera de descobrir bandas Brasileiras ao vivo. Seria possível os portugueses um dia verem-vos ao vivo?
Marcio: Temos muitos planos de fazer shows pela Europa muito em breve, provavelmente entre 2007 e 2008. Com certeza Portugal está nos nosso planos. Recebemos muitos emails dos amigos portugueses e estamos muito esperançosos em poder tocar em seu país algum dia!
11- Bandas e realidade Portuguesa, falem do que conhecem SFF.
Marcio: Para falar a verdade, conheço muito pouco das bandas de Portugal. A que conheço bem e gosto são os Mata Ratos. Gostaria muito de conhecer mais sobre a cena portuguesa, com certeza!
12 - Que material usa a banda? Guitarras, bateria, amplificadores, etc?
Marcio: Usamos guitarra Gibson SG, baixo montado old school, bateria Pearl, amplificadores Marshall JCM 900 e GK para baixo. Nada muito complicado, mas tudo tem que estar em ótima condição de uso!
13-O que podemos esperar dos Lambrusko Kids no futuro próximo? Querem deixar uma mensagem final aos nossos leitores do blog?
Marcio: Muitos shows, muita energia sempre e muitos outros discos novos!!! Tivemos oportunidade nestes 7 anos de banda, de conhecer e gravar ao lado de bandas e músicos que têm uma carreira no rock mundial, que representaram e ainda representam muito para a história do rock. Isso sim pode ser considerado com uma conquista, que vale mais do que ter um videclipe passando toda hora na MTV ou uma vinheta na Rede Globo de televisão, simplesmente porque o agente ou a gravadora pagou uma grana preta pra isso. O rock não pode ser algo falso e pasteurizado, tem que ser feito com alma e com o coração. E as pessoas têm que gostar de uma banda pura e simplesmente por se sentirem atraídas pelo som e pela banda. E também temos consciência da mudança que podemos propiciar nas vidas de muitas pessoas, principalmente na vida dos jovens que curtem o nosso som. Portanto, estamos sempre preocupados em passar algo positivo e construtivo pra essas pessoas, já que temos essa ferramenta chamada música em nossas mãos!
Formação: Marcelo Villa (guitarra), Marcio Faveri (vocal), Paulo Vinicius (bateria) e Rodrigo Caggegi (
baixo).
Site oficial » www.lambruscokids.com.br
MP3 (TramaVirtual) » www.tramavirtual.com.br/lambrusco
MP3 (TramaVirtual) » www.tramavirtual.com.br/lambrusco
Fotolog : www.fotolog.net/lambrusco_kids
Entrevista realizada em Julho de 2006 por Jay Cobra e Zé Canivetes
Etiquetas: Entrevistas
posted by Marion Cobretti at 1:55 da tarde
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