sexta-feira, janeiro 29, 2021

Entrevista a Kazan

1. conta nos sobre como começaram os Kazän? 

Membros Actuais e cenas editadas que podes no contar? 

Começamos a ensaiar em Julho de 2017 com a intenção de formar uma banda com influências da escola japonesa do burning spirits, para combater o tédio insular que nos assombra e libertar uns demónios chatos (DESLARGUEM-NOS). Como somos uns bárbaros da ilha mal disciplinados, acabou por se tornar num som mais primitivo e crú. Desde o inicio até agora nunca alteramos a nossa formação: Fábio - Voz, Flávio - Bateria e Coros, Pedro - Guitarra e Coros e Rattone - Baixo e Coros. Gravamos um demo-ep em Julho de 2019, que foi editado pela Anoise Recs em formato k7 em Dezembro do mesmo ano, com reedição em cd pela Miasma of Barbarity incluindo 4 temas ao vivo. 

2. Já deram mtos gigs? 


Demos 8 concertos, 4 na ilha Terceira, 2 em Lisboa e 2 no Porto. E como sair da ilha para ir tocar nunca é fácil, temos de agradecer ao Alexandre Fonseca, Faias e ao Galrito que nos safaram quando um dos membros da banda não pode vir tocar. 

3-quais os gigs mais memoráveis? 

Abrimos o bar em todos de uma forma ou de outra, mas sem dúvida o último na Casa do Sal (Terceira) e os primeiros em “Portugal”, Disgraça (Lisboa) e Barracuda (Porto) foram bastante importantes para nós, é sempre altamente sair da ilha com uma banda. Muito Rock, Suor, álcool e glamour! 

4 planos para o futuro? 

Temos intenção de gravar um EP chamado "CINZAS", que está a ser adiado devido a pandemia, sendo que para nós só faz sentido compor e gravar todos juntos. Por enquanto a ilha continua a arder sem ninguém ver. 

5. porque a escolha do nome Kazän? 

Queríamos um nome que trouxesse à mente a nossa terra, os Açores, mas que tivesse uma conotação destrutiva. Imediatamente veio à mente “Vulcão”, e como andávamos nessa da escola japonesa, ao traduzir para japonês deu “Kazan”, que curtimos e transmitia bem a atitude explosiva, assim como a nossa conexão ao lugar onde crescemos.

 6- quais as vossas maiores influencias musicais? Todo o som que nos faça ferver o sangue. Quantidades pouco saudáveis de Punk, Rock n’ Roll, D-beat, Crust, Metalpunk, Thrash, Crossover, Black Metal dos 80s, tudo engolido pelo nosso vortex de loucura vulcânica. Na última malha do EP, “Medo da Morte”, as influências já são mais rebuscadas.

 7- alguns de vocês estão envolvidos noutros projectos? De momento só o Pedro, em Roadscüm. 

8. têm algumas novas edições planeadas? fala me disso.... 

Como falamos acima, tínhamos intenção de Gravar um EP o ano passado, que está adiado indefinitivamente, depois disso logo se vê. Queremos é tocar ao vivo e abrir o bar. E dançar desnudos no olho do vulcão. 

9- quais as vossas bandas preferidas ( nacionais e internacionais)? Todas as que continuam a manter o underground vivo e de boa saúde, que se apoiam mutuamente e ajudam-nos a sobreviver ao ranço existencial que nos consome. Nacional ou Internacional, antigo ou moderno. Só em Portugal são muitos nomes para escrever, e a quarentena deixou-nos preguiçosos e letárgicos. Não é culpa nossa. 

10-- são record collectors? se sim quais as tuas joias da coroa? 

Todos consumimos música em vários formatos, mas não sei se algum de nós tem mentalidade de colecionador. Apenas curtimos comprar e ter os álbuns que nos dizem alguma coisa quando temos hipóteses pra isso. 

11- palavras finais: 

Não deixem as circunstâncias actuais roubarem a loucura interior que nos dá sentido à vida. O espirito rock n’ roll, tal como o vulcão, tá só adormecido, mas com a lava bem quente à espera de sair. Obrigado pela entrevista Cobbreti!
Rock das Cadeias: Entrevista a Kazan
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