Psycho Tramps ao vivo no Fantasma Lusitano ontem à noite. (Review do concerto)
Ontem era a noite de estreia em Lisboa, na associação Fantasma Lusitano no Bairro Alto, da banda de garage punk algarvia Psycho Tramps.
Uma banda que mistura os sons do garage rock com o punk rock dos 70s.
Os Psycho Tramps trouxeram a lição bem estudada e sabiam ao que vinham.
Têm estado bastante activos nos ultimos tempos e os concertos aqui e ali têm-se sucedido.
Apresentaram-nos uma setlist equilibrada que começou com uma intro para entrar logo de seguida em palco o vocalista Miguel Roque e cantar o primeiro tema "it´s dead" que podia muito bem ser " it´s Daddy" ou "Here´s Daddy". hehehe
Seguiram-se "never change" e as já conhecidas "Stevie" e "She waves goodbye".
Seguiu-se uma cover bem balanceada do clássico "I Need a Slave"dos britânicos Vibrators, e logo de seguida mais uma original, "love bus".
O vocalista Miguel Roque tem uma boa presença e atitude em palco e é um vocalista com carisma que sabe interagir com o público e cativá-lo. Também tem "Rock" no nome, é por isso se calhar.
Seguem-se "Before my fall" e logo em seguida mais uma versão, desta vez do tema "bad attitude", de uma das grandes bandas do punk rock americano dos setentas, The Testors.
Testors são uma das minhas bandas preferidas de punk rock, por isso agradeço imenso terem-me dedicado o tema.
Seguiram-se mais alguns originais, "The boys" e a conhecida "I´ve met Satan", "No God" e "Rock N Roll till We die", com o vocalista a desafiar o público para participar do tema.
Terminaram com o clássico "What do I get?" dos grandes de Manchester, Buzzcocks.
E ainda repetiram mais uma original da setlist porque ainda sobravam uns poucos minutos para isso.
Meia noite em ponto, e a associação recebe a visita de um polícia municipal fardado e mal encarado a avisar-nos que a festa tinha de acabar.
O nosso país chegou a este ponto, em que a liberdade e a democracia se confundem com valores de outros tempos idos.
É realmente uma pena a polícia não nos deixar conviver uns com os outros depois do concerto, neste espaço convidativo e que tem tudo para se tornar num ex-libris do underground português. As leis de nada servem, a não ser para proteger os interesses dos maiores.
Estas medidas opressivas que a polícia tem vindo a tomar contra as associações no Bairro Alto são ilegais.
Por ultimo, o vocalista Miguel Roque confidenciou-me que a banda de momento se encontra em estúdio a preparar a gravação de novos temas. Hoje à noite a banda repete o cardápio no Barreiro.
Podem saber mais pormenores acerca da campanha da CML contra as associações no B.Alto através deste link do jornal I :
http://www.ionline.pt/boa-vida/esta-aberta-guerra-entre-camara-lisboa-associacoes
Créditos da Foto: Ana Sod
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home