Entrevista aos RAIVA ( Streetpunk da Ilha da Madeira)
Os Raiva foram um projecto musical streetpunk nascido no arquipélago da Madeira, hoje em dia inactivo mas chegou a gravar algum material.
Fica aqui uma entrevista com o baterista deles ( Paulo Podre) para o nosso blog a título póstumo.
1- Podes-nos contar um pouco acerca da história da banda e como tudo começou?
A banda, como ideia, começou nos fins de 2006, inicio de 2007 quando Eu (Paulo Podre) e o Solano nos juntamos numa tasca do Funchal e mostrámos interesse em manter vivo o punk rock underground.
Já nos conhecíamos há alguns anos e basicamente, sentíamos o mesmo em relação ao mundo.
Ambos tivemos outros projectos musicais antes mas nunca nada dentro do punk. E foi o início.
Foi difícil, pois aqui na ilha da Madeira impera o género Metal na cena underground e quase ninguém está interessado em tocar acordes básicos e crús. Conseguir juntar o resto da banda foi uma aventura. Puxei o Zé para a banda, numa conversa na mesma tasca e depois consegui convencer um baixista, o Márcio (ex-Incógnita) a entrar na nossa cena.
Mais tarde, á custa de muitos copos, convencemos o Bruno a ser o segundo guitarrista da banda e pronto.
Tínhamos a primeira formação. Solano na voz, Zé na guitarra, Bruno na Guitarra,Márcio no Baixo e Paulo Podre na bateria.
Depois dos primeiros concertos e do primeiro album DIY, tivemos alguns problemas por causa das letras. Vivemos numa ilha pequena e parece que não se pode andar praqui a falar mal do Presidente desta merda...
Ninguém nos deixava tocar em lado nenhum, apenas o OLD BAR chamava pela gente e houve mais umas pressões e chatices, então o Márcio e o Bruno decidiram abandonar a banda.
Começamos à procura de novo baixista, experimentámos alguns até aparecer o Orlando, que encaixou perfeitamente.
Chamámos o amigo Valter para a segunda guitarra e voltámos em força.
2- Como surgiu a ideia do nome da banda e quais eram as vossas influências musicais ?
O nome da banda surgiu na tasca, tal como a banda em si.
Numa conversa com um amigo xibei-me que tinhamos um projecto punk a nascer, ao qual respondeu "Dêm-lhe com raiva!". Foi instantâneo. Agarrei num telefone, telefonei ao Solano e disse-lhe "temos nome para a banda! É "RAIVA!!!".
Todos concordaram. E foi o que fizemos. Influências foi tudo o que é punk, algum metal e a merda do mundo que nos rodeia. Acho que a merda do mundo que nos rodeia foi e ainda é a maior influência.
3- Na Madeira existem mais bandas dentro do vosso género, ou poder-se-á afirmar que vocês foram em parte pioneiros da cena punk rock daí?
Não existe nem nunca existiu. RAIVA! é a primeira banda punk que a ilha viu. Até foi bom, porque a "xapada" foi maior.
4- Para quem não vos conhece que material têm editado até agora?
Fizemos 2 albuns, o "Jardim de cimento" e este último "Chega!".
Ambos são DIY e gratuitos. RAIVA nunca ganhou dinheiro. Sempre tocámos em bares a custo de bebidas à borla e tudo o que gravámos é para o mundo ouvir. Participámos também em algumas compilações com algumas músicas.
5- A vossa banda terminou devido ao vosso vocalista ter emigrado, não têm vontade de continuar com o legado dos Raiva ou de iniciar um novo projecto?
RAIVA não acabou. Nunca irá acabar! A RAIVA não morre. Está adormecida, a encher o peito e qualquer dia rebenta com mais força.
6- Que novos projectos tens acompanhado, existem por aí pela vossa terra algumas bandas novas que aches que mereçam divulgação?
Dentro da cena Punk, com muita pena minha, não apareceu mais nenhum projecto aqui na ilha.
Se calhar dissemos tudo o se pode dizer e a malta está á espera de ouvir mais...
7- Chegaram em alguma ocasião a vir tocar aqui no Continente, ou a distância nunca tornou isso possível?
Nunca fomos tocar aí. Tivemos vários convites, os quais sempre quisémos aceitar, mas a situação dos membros da banda não permitiu.
As viagens de avião são caras e, como já disse, RAIVA nunca fez qualquer dinheiro a tocar, por isso, os trocos que arranjávamos só chegavam para as cervejas.
8- Vocês continuam activos noutras cenas e sei que um de vocês é o autor por detrás das bandas desenhadas do «Podre o errante», mais algum de vocês está ligado a algum projecto artistíco?
O Zé tem um projecto dentro da cena Metal muito bom, os Altar of Pain.
Têm tido boas críticas e espero que se dêem bem.
O Solano nas terras de sua majestade parece que também anda a dar uns acordes numa banda punk mas não sei mais que isso. O "Podre, o errante" é a minha maneira de continuar a chatear o mundo enquanto a RAIVA está adormecida.
9- Palavras Finais á vossa vontade (insultem, gritem, mandem tudo pro caralho, etc etc) :
Pá, a maneira como o mundo está dá-nos razão a todos!
Sempre tivemos razão e a situção mundial é a prova disso.
Que se juntem mais bandas, que venham mais gritos, que se façam revoluções, que se parta tudo!
Somos muitos e somos bons!....
PUNK'S NOT DEAD!!!
Fica aqui uma entrevista com o baterista deles ( Paulo Podre) para o nosso blog a título póstumo.
1- Podes-nos contar um pouco acerca da história da banda e como tudo começou?
A banda, como ideia, começou nos fins de 2006, inicio de 2007 quando Eu (Paulo Podre) e o Solano nos juntamos numa tasca do Funchal e mostrámos interesse em manter vivo o punk rock underground.
Já nos conhecíamos há alguns anos e basicamente, sentíamos o mesmo em relação ao mundo.
Ambos tivemos outros projectos musicais antes mas nunca nada dentro do punk. E foi o início.
Foi difícil, pois aqui na ilha da Madeira impera o género Metal na cena underground e quase ninguém está interessado em tocar acordes básicos e crús. Conseguir juntar o resto da banda foi uma aventura. Puxei o Zé para a banda, numa conversa na mesma tasca e depois consegui convencer um baixista, o Márcio (ex-Incógnita) a entrar na nossa cena.
Mais tarde, á custa de muitos copos, convencemos o Bruno a ser o segundo guitarrista da banda e pronto.
Tínhamos a primeira formação. Solano na voz, Zé na guitarra, Bruno na Guitarra,Márcio no Baixo e Paulo Podre na bateria.
Depois dos primeiros concertos e do primeiro album DIY, tivemos alguns problemas por causa das letras. Vivemos numa ilha pequena e parece que não se pode andar praqui a falar mal do Presidente desta merda...
Ninguém nos deixava tocar em lado nenhum, apenas o OLD BAR chamava pela gente e houve mais umas pressões e chatices, então o Márcio e o Bruno decidiram abandonar a banda.
Começamos à procura de novo baixista, experimentámos alguns até aparecer o Orlando, que encaixou perfeitamente.
Chamámos o amigo Valter para a segunda guitarra e voltámos em força.
2- Como surgiu a ideia do nome da banda e quais eram as vossas influências musicais ?
O nome da banda surgiu na tasca, tal como a banda em si.
Numa conversa com um amigo xibei-me que tinhamos um projecto punk a nascer, ao qual respondeu "Dêm-lhe com raiva!". Foi instantâneo. Agarrei num telefone, telefonei ao Solano e disse-lhe "temos nome para a banda! É "RAIVA!!!".
Todos concordaram. E foi o que fizemos. Influências foi tudo o que é punk, algum metal e a merda do mundo que nos rodeia. Acho que a merda do mundo que nos rodeia foi e ainda é a maior influência.
3- Na Madeira existem mais bandas dentro do vosso género, ou poder-se-á afirmar que vocês foram em parte pioneiros da cena punk rock daí?
Não existe nem nunca existiu. RAIVA! é a primeira banda punk que a ilha viu. Até foi bom, porque a "xapada" foi maior.
4- Para quem não vos conhece que material têm editado até agora?
Fizemos 2 albuns, o "Jardim de cimento" e este último "Chega!".
Ambos são DIY e gratuitos. RAIVA nunca ganhou dinheiro. Sempre tocámos em bares a custo de bebidas à borla e tudo o que gravámos é para o mundo ouvir. Participámos também em algumas compilações com algumas músicas.
5- A vossa banda terminou devido ao vosso vocalista ter emigrado, não têm vontade de continuar com o legado dos Raiva ou de iniciar um novo projecto?
RAIVA não acabou. Nunca irá acabar! A RAIVA não morre. Está adormecida, a encher o peito e qualquer dia rebenta com mais força.
6- Que novos projectos tens acompanhado, existem por aí pela vossa terra algumas bandas novas que aches que mereçam divulgação?
Dentro da cena Punk, com muita pena minha, não apareceu mais nenhum projecto aqui na ilha.
Se calhar dissemos tudo o se pode dizer e a malta está á espera de ouvir mais...
7- Chegaram em alguma ocasião a vir tocar aqui no Continente, ou a distância nunca tornou isso possível?
Nunca fomos tocar aí. Tivemos vários convites, os quais sempre quisémos aceitar, mas a situação dos membros da banda não permitiu.
As viagens de avião são caras e, como já disse, RAIVA nunca fez qualquer dinheiro a tocar, por isso, os trocos que arranjávamos só chegavam para as cervejas.
8- Vocês continuam activos noutras cenas e sei que um de vocês é o autor por detrás das bandas desenhadas do «Podre o errante», mais algum de vocês está ligado a algum projecto artistíco?
O Zé tem um projecto dentro da cena Metal muito bom, os Altar of Pain.
Têm tido boas críticas e espero que se dêem bem.
O Solano nas terras de sua majestade parece que também anda a dar uns acordes numa banda punk mas não sei mais que isso. O "Podre, o errante" é a minha maneira de continuar a chatear o mundo enquanto a RAIVA está adormecida.
9- Palavras Finais á vossa vontade (insultem, gritem, mandem tudo pro caralho, etc etc) :
Pá, a maneira como o mundo está dá-nos razão a todos!
Sempre tivemos razão e a situção mundial é a prova disso.
Que se juntem mais bandas, que venham mais gritos, que se façam revoluções, que se parta tudo!
Somos muitos e somos bons!....
PUNK'S NOT DEAD!!!
(Paulo Podre)
http://www.facebook.com/raivapunk?ref=ts&fref=ts
Download do àlbum Chega! em:
http://www.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fdl.dropbox.com%2Fu%2F6839965%2FRAIVA%2521%2521%2521%2520_%2520Chega%2521%2520_%25202012.rar&h=uAQGRUkKf&s=1
http://www.facebook.com/raivapunk?ref=ts&fref=ts
Download do àlbum Chega! em:
http://www.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fdl.dropbox.com%2Fu%2F6839965%2FRAIVA%2521%2521%2521%2520_%2520Chega%2521%2520_%25202012.rar&h=uAQGRUkKf&s=1
Etiquetas: Entrevistas
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home